Irônica Seca
A seca que castiga
As carcaças humanas
Que mastigam e engolem a seco
A poeira do sertão
A seca que faz esquelético
O bravo sertanejo
A seca que deus não vê, ou finge
Mas eu vejo
A seca que seca meu torrão e fé
A seca que derruba o gado
A seca que devasta a plantação
Ironicamente é a mesma seca
Que rega os secos corações
De homens obsecados por ágios
Os abutres que nutrem
Com a seca do sertão.
Autor: Edson Lopes de Oliveira
Enviada: Segunda, 26 de Março de 2007 às 09:28:23
E-mail: adriana@ana.gov.br
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