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Rapidinhas do Mensalão - Parte 9
Somos Robin Hood, ao contrário.
Em entrevista à Veja, o professor americano, Peter Lindert diz que o Brasil gasta mal - e que em nosso país são os mais pobres que contribuem para ajudar os ricos. Somos o avesso de Robin Hood.
E o PT ainda diz que as elites querem derrubar o governo, e o próprio PT.
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Enquanto isso, nos bastidores da CPI
O Jornal da Globo (TV), 28 de agosto, mostrou os bastidores das CPIs. O que vimos foram conversas de comadres e sussuros ao pé-do-ouvido. Pareciam beijar as orelhas, uns dos outros. Quando os jornalistas se aproximavam era o pânico total, ou rizadinhas cínicas que tentavam disfarçar o medo de ter sido ouvido. Já, nas transmissões ao vivo é um festival de gritos e encenações de alguns que, nesta hora, sabem que estão sendo vistos.
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CPI dos Correios: o bicho é muito mais feio do que pintam
O relatório já está com a Presidência da República e aponta um cenário na estatal muito pior que o apurado pela CPI dos Correios. Há contratos superfaturados em até 400%, dizem auditores.
Vejamos, por exemplo, na prática, quanto algumas coisas custam para nós, e custariam as mesmas coisas para os Correios, comparativamente:
Para qualquer um | Para os Correios |
cafézinho comum - R$ 0,80 | R$ 3,20 |
café expresso - R$ 2,50 | R$ 10,00 | gasolina (litro) - R$ 2,00 | (litro) R$ 8,00 |
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Irregularidades (graves) nos Correios = 525
Auditoria nos Correios mostra 525 tipos de irregularidades graves, tudo isso em um só ano. Vamos às contas:
Sabemos que: o ano tem 52 semanas e cada semana tem 5 dias úteis. Logo: 52 x 5 = 260 dias úteis, tem um ano.
525 (irregularidades) ÷ 260 = 2,192
Resultado: 2,192 irregularidades, por dia, cometidas nos Correios em um ano.
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Parlamentares sofrem pressão
Parlamentares sofrem pressão, deputados denunciados amedrontam com ameaças e causam contrangimento ao presidente do Conselho de Ética, diz o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio.
Assédio e ameaças por telefone. "Se não fizerem o que eles querem a promessa é inventar notícias contra todos", diz Serraglio. A estratégia é criar boatos e pulveriazar na imprensa para criar total confusão, tanto na CPI quanto na opinião pública.
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Mais ameaças
O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Ricardo Izar (PTB-SP), disse ontem estar sofrendo ameaças devido aos processos de cassação de mandato que o órgão analisa.
Afirmando também que "tem gente agindo para evitar certas cassações", Izar deu a entender que as ameaças partem de colegas sob o risco de perder o mandato devido ao envolvimento no escândalo do "mensalão".
"A pressão é muita, passou um pouquinho dos limites. Está demais. (...) Tem algumas ameaças. Estou tomando minhas providências, principalmente as motivadas pelas ameaças. Há ameaça muito grande, "que se isso acontecer eu vou fazer isso e aquilo", afirmou o petebista, que disse ter passado a tomar calmantes e a enfrentar problemas de pressão alta nas últimas semanas.
Severino nega que esteja patrocinando uma "operação abafa" na Câmara.
(Fonte: Folha de S. Paulo, 27/08)
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Boicotes
Os que querem fazer um trabalho sério nas CPIs reclamam de boicotes. Atrasos no envio de informações já causaram reclamação contra o Banco do Brasil. Relator Osmar Serraglio recebe relatório rídiculo e pede para ser refeito. Vai ver por isso, e por outras coisas, a oposição diz que o governo faz de tudo para não colaborar na apuração dos fatos.
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Tarso diz que PT tem vergonha
Tarso diz que PT tem vergonha dos erros, e culpa ''elites'' por criticar governo.
O povo quer saber quais elites. Já que as taxas de exportação batem recordes, o dólar cai mais que balão sem buxa. Os empregos estão em alta, sinal que as empresas estão contratando. Só se for a elite do PT, que perdeu as mamatas e está furiosa.
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Notas frias
(Fonte: JB Online, 28/08/05)
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) suspeita de um esquema de emissão de notas fiscais frias de fornecedores da Secretaria de Administração da Presidência da República. Ontem, ele apresentou quatro notas fiscais da empresa FR Comércio e Serviço e Representação - para fornecimento de cartuchos para a Presidência - que podem ser fraudadas.
As notas estão anexadas em uma auditoria que o Tribunal de Contas da União (TCU) fez no ano passado sobre os cartões corporativos da Secretaria de Administração, ligada à Casa Civil, comandada, na época, pelo então ministro José Dirceu. A FR fornecia cartuchos coloridos a R$ 732,00, cada. No cadastro de pessoas jurídicas da FR na Receita Federal, consta que a empresa é uma ''Comercial de Alimentos''. Francisco Ramalho, o dono da empresa que leva suas iniciais, afirmou que ''dava'' as notas fiscais para um conhecido e ''parceiro'' Edmilson Francisco de Oliveira, que fazia a venda dos cartuchos para o Planalto.
- Parece que existe uma fábrica de notas frias para calçar despesas fictícias com estes cartões corporativos - diz o senador Álvaro Dias.
O senador pediu uma auditoria mais completa à CPI dos Correios. Há na Presidência 42 servidores autorizados a gastar dinheiro com cartões corporativos, fornecidos pelo Banco do Brasil. Em 2003, os gastos atingiram R$ 6,5 milhões e no ano passado, até agosto, chegou a R$ 5,4 milhões. A maioria dos gastos é feita com saques em dinheiro.
A varredura dos cartões - Após denúncia da Revista "Dinheiro", TCU decreta devassa nos cartões oficiais para descobrir o destino dos saques em dinheiro vivo.
Mais uma vítima da SAM (Síndrome da Amnésia Mensalona)
O tal Francisco Ramalho não conseguiu explicar o local exato da sede de sua empresa.
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Comprovar propina a Palocci pode ser "fácil", diz Buratti
Rogério Buratti, ex-secretário do ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, afirma que não é impossível obter provas de que a Leão Leão pagava propina de R$ 50 mil mensais a Palocci quando ele era prefeito de Ribeirão Preto (SP) pela segunda vez, entre 2001 e 2002, segundo reportagem publicada neste domingo pela Folha de S.Paulo.
Confira, a seguir, um trexo entrevista publicada neste domingo, 28 de agosto, na Folha de S.Paulo:
Folha - O governo desqualificou a acusação sobre a propina que o ministro Palocci teria recebido da empresa Leão Leão com o argumento de que o sr. não apresenta provas. É possível obter provas?
Rogério Tadeu Buratti - Acho que é. Nós vivemos num momento onde as acusações são lançadas e depois as pessoas vão atrás das provas, confirmando ou não o que é falado. A própria investigação do "mensalão" foi isso. A princípio, o governo também desqualificou as acusações. Falou que era leviandade do deputado Roberto Jefferson [PTB-RJ] e depois nós todos fomos sendo surpreendidos por evidências que levavam a constatar que era verdade.
"Eu acho que uma investigação razoável consegue comprovar que existia um fluxo de saída de dinheiro da empresa. Agora, nós não vamos comprovar a entrega do dinheiro. Mas nós vamos comprovar que existia um fluxo de saída de dinheiro da empresa.", afirma Buratti.
Mais lixo
Ministério Público encontra irregularidades na arrecadação de lixo em mais seis cidades com prefeituras sob administração do PT.
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