Rapidinhas do Mensalão - Parte 1
31 de agosto
Sabe com quem tá falando?
"Recolha-se à sua insignificância.", com esta frase Severino Cavalcante respondeu ao deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que lhe disse, entre outras coisas: "Sua presidência é um desastre para o Brasil."
Leia o ''diálogo''.
Gabeira:
- Sua atuação é indigna para o cargo de presidente da Câmara. Vossa Excelência está em contradição com o Brasil. Sua presidência é um desastre para o Brasil! Ou fica calado ou iniciaremos um movimento para derrubá-lo.
Respondeu Severino, possesso e aos gritos:
- Recolha-se à sua insignificância.
A frase de Severino Cavalcante lembra bem a época da ditadura no Brasil, quando era um tal de: "Sabe com quem tá falando?"
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Os incomodados que se mudem
O PT continua cortando na própria carne (dos outros). Nas eleições do dia 18 de setembro, para decidir quem comandará o Partido dos Trabalhadores, Tarso Genro sai. Dirceu fica.
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Oh, vida dura e boa! Muuuuito boa!
O presidente da Câmara, Severino Cavalcante, decretou recesso branco por causa do 7 de setembro. Ou seja, uma semana inteira sem votação. Não tem problema, nós que pagamos impostos garantimos os salários, sem desconto pelo recesso.
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"Foi sem querer querendo"
As suspeitas de que a Presidência da Câmara esteja à frente de "operação abafa" para impedir a cassação de parlamentares envolvidos no mensalão deixaram em posição delicada o presidente Severino Cavalcante (PP-PE). Em entrevista ao Folha de São Paulo, Severino afirmou não acreditar na existência do mensalão, e defendeu pena branda para o crime de caixa dois. À tarde, tentou se explicar:
- Enganam-se aqueles que pensam que deixarei levar inocentes ao cadafalso apenas para, ao desvario, ouvir soar as trombetas. Essa presidência zelará para que inocente algum seja castigado. Mas não hesitará em reunir suas forças para punir aqueles que tenham conspurcado seu mandato.
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O Mensalinho, ou: frita um presidente ao ponto.
Presidente da Câmara, Severino Cavalcante, é acusado de receber propina (mensalinho de R$ 10.000,00 por mês) para manter licença de restaurante na Câmara, quando era secretário administrativo.
Segundo a revista Veja, o deputado teria cobrado, de março a novembro de 2003, 10 000 reais mensais do concessionário do restaurante da Câmara - e ficou uma fera no mês em que o empresário extorquido só conseguiu pagar-lhe 6 000 reais.
Severino nega tudo. Diz que está sendo vítima de extorsão e pede abertura de inquérito.
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