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Rapidinhas do Mensalão - Parte 1
Cuidado! Ser chamado de "companheiro", hoje em dia, pode ser ofença grave.
Duas listas não param de crescer: a dos que sacaram milhões das contas do Valério e a dos que estão caindo. É o - efeito dominó.
As 11 frases mais ditas pelos depoentes à CPI dos Correios:
não sei; não vi; não ouvi; não conheço; não me lembro; não vou falar; não vou repetir; não estive lá; não indiquei; não intermediei; não ganhei nada. O rico repertório dos cínicos causa inveja ao personagem Sinhôzinho Malta, da novela "Roque Santeiro", que, quando flagrado, só tinha três frases para se defender: "Não sei de nada, não vi nada, não me digue nada."
Para não dizer que negavam tudo, os mentirosos deslavados confirmavam só uma coisa: "Sim, tudo foi feito só pela amizade".
Dick Vigarista
Durante o depoimento de Delúbio Soares, tesoureiro afastado do PT, à CPI dos Correios, um parlamentar, que não quis se identificar, teria dito a uma reporter da rádio CBN que Delúbio parecia o "Dick Vigarista" - personagem do desenho animado "Corrida Maluca". Para quem não conhece, ou não se lembra, este personagem faz todos os ilícitos possíveis, e impossíveis, na tentativa de ganhar a corrida, e ainda ri cada vez que bola uma nova armação. O personagem, ainda, é acompanhado de um "fiel" cachorro, que tem uma risadinha irritante e não sai de seu lado, mas sempre acaba atrapalhando Dick Vigarista em suas maracutaias (que nunca dão certo).
Crédito foto: Dida Sampaio/AE / Divulgação
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Operação Uruguai 2
Parlamentares da CPI dos Correios chamaram de "Operação Uruguai 2", o esquema montado por Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) e Marcos Valério (futuro ex-empresário de publicidade, pois declarou que venderá sua participação nas empresas, já que seu nome, segundo ele, prejudica a imagem das mesmas). Pensando bem, até a imagem dos profissionais da área.
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Caixa Dois do PT é só, e apenas, uma questão de português.
Delúbio Soares confessa, em entrevista ao Jornal Nacional, para milhões de pessoas, a existência de "caixa 2" do Partido dos Trabalhadores, ao que Delúbio faz questão de nominar como "dinheiro não-contabilizado", quer dizer, não informado à Justiça Eleitoral. E afirma que todos os partidos fazem isto. É uma questão de, digamos, nossa língua-pátria.
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"E não adianta ficar me olhando, porque eu não estou nem aqui".
Em seu depoimento à CPI o Secretário Executivo do PT, Sílvio Pereira, disse que não sabe de nada, não viu, não ouviu nada, não lembra de nada, não indicou ninguém e que não falaria nada sobre seu patrimônio pessoal. Só faltou dizer aquela frase de um personagem de Agildo Ribeiro, no programa Zorra Total: "E não adianta ficar me olhando, porque eu não estou nem aqui".
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25 anos de desorganização
Segundo Tarso Genro, atual presidente do PT, a partir de agora haverá uma organização do Partido dos Trabalhadores, pode-se deduzir que, neste caso, foram vinte e cinco anos de desorganização.
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Todos fazem... o PT também.
Presidente Luis Inácio Lula da Silva, disse em entrevista exibida no Fantástico, que o PT faz o que os outros partidos fazem nas campanhas políticas. Ou seja, inclusive o PT.
Vai ver que é por isso a frase do Deputado Roberto Jeferson: "Ninguém aqui é melhor do que eu."
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Cortando na própria carne, dos outros.
Nova cúpula executiva do PT resolve não expulsar nem o tesoureiro Delúbio Soares, nem o secretário executivo, Sílvio Perereira, (vítima de Amnésia, durante seu depoimento à CPI), nem o presidente do partido, José Genoíno, que afastaram-se por conta própria.
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Roteiro do depoimento de Delúbio à CPI dos Correios
O Lado Chato
Era entediante, e lamentável, ver e ouvir alguns parlamentares fazendo discurso de campanha num momento tão importante, aproveitando-se da transmissão do depoimento de Delúbio via rádio e TV.
O Lado Empolgante
Era empolgante quando, em poucos momentos, se via Delúbio realmente pressionado. Por exemplo, quando foi avisado de que seu Habeas Corpus não o protegia para que desrespeitasse o Congresso.
Não dá para inserir todos aqui, mas dentre as atuações mais contundentes pode-se destacar (não por ordem de importância): a Senadora Heloísa Helena, Deputada Denise Frossard, Deputado Eduardo Paes, Deputado Onix Lorenzoni, Deputado Sergio Guerra e Deputado Magalhães Neto.
O Lado patético
Como se pode solicitar, em alguns casos quase que encarecidamente, a um depoente protegido pelo recurso legal de manter silêncio e de não produzir provas contra si, que este seja patriota, decente, que denuncie seus comparsas e, assim, preste um serviço à nação, ou que colabore com a elucidação de crimes, os quais, a ele imputados?
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"Trapalhões" - adjetivo usado pela Deputada Denise Frossar para qualificar a José Dirceu, Delúbio Soares e Sílvio Pereira
A Deputada Denise Frossard, munida de sua vasta experiência de notória Juíza, disse que o que ela vê é, sim, o esboço da indicação de corrupção, tráfico de influência, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Avisou-o também de que a linha de defesa adotada por Delúbio não é boa, porque ele quer assumir um crime menor, neste caso, o crime eleitoral. A Deputada disse a Delúbio que há um Código Civil, inteiro, aguardando por ele.
"O Senhor conhece o interior de uma cadeia brasileira?", perguntou a Deputada ao depoente. Neste instante ele mudou de fisionomia, ficando sério e tenso. O fato é que a partir daí o constante sorriso de Delúbio sumiu do seu rosto.
Quando Delúbio disse que os empréstimos de tantos milhões não tinham garantia de pagamento, a Deputada Frossard, mostrando-se convicta, parou de fazer suas perguntas.
A Deputada Denise Frossard terminou agradecendo a Delúbio, a Dirceu e a Sílvio, aos quais chamou de "trapalhões", pelas suas mal feitas trapalhadas, que não levarão o Congresso para o lixo.
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Senador Jefferson Perez preferiu não interrogar Delúbio
O Senador Jefferson Perez considerou inútil continuar fazendo perguntas que, segundo ele e vários outros parlamentares, não estavam sendo respondidas ou respondidas com mentiras. "A verdade aparecerá com as investigações." - disse o Senador.
Visivelmente emocionado e triste, o Senador considerou lametáveis os fatos ocorridos, e terminou declamando os versos de uma canção portuguesa:
"Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Tudo isto é fado".
Em seguida, com a voz trêmula, declarou: "Eu não tenho nada a perguntar."
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Glossário de frases de um depoente altamente suspeito
Para quem não entende o idioma de um depoente altamente suspeito, aí vão algumas traduções de suas respostas mais comuns:
"Mantenho minha reposta anterior." = "Não lembro o que respondi. Portanto, é melhor não arriscar."
"Já me pronunciei sobre assunto". = frase alternativa para a resposta acima.
"As investigações irão provar." =
1º opção: "Se não provarem, não sou eu que vou confessar." 2º opção: "Se provarem, eu continuo negando."
"Me reservo o direito de não responder". = "Tá pensando que eu sou caipira?" ou
"Tá querendo me complicar?"
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Land Hover
Perguntado pelo Deputado Antônio Carlos Magalhãs Neto (PFL-BA) se tinha ganhado o Land Hover (que, em sua pergunta, ACM Neto chamou de "mimo"), Sílvio Pereira afirmou na CPI dos Correios que não daria explicações sobre seus bens. Nem precisou. Um jornalista da Rede Globo descobriu que ele ganhou o jeep do Vice-Presidente da GDK, que acabou confessando tê-lo dado a Sílvio. A DGK é uma empresa que presta serviços à Petrobras.
Em matéria exibida dia 21 de julho, no Jornal Nacional, assistimos uma reportagem onde apareceu o tal Land Hover de Sílvio, estacionado e com a placa tapada, num canto de uma agência para ser vendido. Mas a agência decidiu não intermediar a venda, porque poderia trazer problemas para a sua imagem.
O Land Hover de Sílvio continua a venda, se alguém quiser comprar jeep para dá-lo de presente (sem interese) a um amigo, aí vai o precinho do "mimo" anunciado no Jornal Nacional:
R$ 79.000,00
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Nota 10, com louvor, para a Polícia Federal
Quem não deve não teme. Isto é Polícia, com P maiúsculo.
Nota 0, para quem anda criticando as atuações da Polícia Federal.
Para quem não sabe, a Polícia Federal cumpre ordens judiciais. Quanto ao execesso de mídia, citado pelos inconformados, já diz o ditado: "O que é bom, é para ser mostrado."
Sugestão para manisfesto
Em vez de manisfesto contra a atuação da Polícia Federal, que se faça um manisfesto pela extinção das faixas de Gaza no Rio de Janeiro (que são muitas), contra os políticos corruptos, contra a impunidade, contra a ousadia desmedida dos traficantes no Rio de Janeiro...
Segundo o Advogado Geraldo Nogueira, "nós temos uma Polícia Federal que a nossa justiça brasileira ainda não merece ter."
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