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Medidas Eleitoreiras



Por Jefferson Maia

Parece que a questão da deficiência nunca foi tão falada e vista como ultimamente nesses tempos de campanha. São tantos candidatos com limitações físicas e sensoriais, e tantos outros com promessas ''pela deficiência'' que dá até impressão de que a tal da INCLUSÃO realmente já faz parte do cotidiano.

Mas sabemos que não é bem assim e que ainda falta muita coisa a ser mudada em questões de acessibilidade social para as pessoas com deficiência terem garantido o gozo dos seus direitos. Incluir é dar condições de trabalho, educação, lazer, transporte etc. Percebemos muito bem que alguns candidatos se valem de ter um tipo de deficiência qualquer para usá-la de trampolim tentando provocar certa comoção e outros tantos sentimentos sobre a sua imagem a ser usada como marketing eleitoreiro. Assim como também conhecemos casos de outros sem nenhum tipo de deficiência ‘aparente’, masque também se valem da mesma como meio de promoção nas suas promessas de campanha.

Isso me preocupa pelo fato de termos, em contrapartida, tantos outros também com este perfil, mas que apresentam propostas sérias e éticas; infelizmente misturados nesse bolo maluco e ilusório que é o período rumo ao pleito.

Portanto, cabe a nós estarmos atentos e distinguir o ''joio do trigo'' na hora do tão precioso voto. É nossa a responsabilidade sobre o que acarretará para o seguimento de pessoas com deficiência se determinados candidatos forem eleitos em detrimento de outros. E para avaliarmos isso não precisa muito conhecimento.

Ouvimos isso a toda hora, e pode até parecer repetitivo, mas é o único meio de sermos meio de transformação e termos benefícios reais para toda a sociedade.

Já posso começar aqui, numa leve sugestão reflexiva: se falamos de Inclusão devemos entender que política é para toda a sociedade. Não devemos esquecer que também somos gente, e somos também parte integrante dessa sociedade. Por conseguinte as políticas pré e pós campanhas devem ser para TODOS. É tempo de nos entendermos como seres políticos e participantes do todo, e não parte dele.

Por isso vamos ficar de olho nos programas e nessas medidas de campanha. Promessas para ''os deficientes'' devem ser sobretudo, não promessas, mas propostas concretas para a cidade, estado e país. Propostas para o cidadão, para mim e para você. Então, proponho a todos nós sermos críticos e analíticos. Chega de só esperar que façam, pois, temos que fazer também. E este ‘fazer’ significa: ficar esperto, prestar atenção, não se deixar iludir.

Estamos aprendendo ainda o verdadeiro sentido de Democracia, eu sei. Mas se eles têm ‘medidas eleitoreiras’, nós temos o poder das contramedidas na soma dos votos. E se formos aplicados podemos tirar boas notas nesse aprendizado.

Então vamos às urnas conscientes que o tempo urge.

16 / 09 / 06
Jefferson Maia


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