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Lidando com a Realidade



Por Jefferson Maia

Alguma coisa aconteceu e você não está conseguindo resolver. Pior, foi contigo mesmo e está difícil aceitar. Aí vem aquele disse-me-disse: calma, você vai superar! Parece sempre chato ouvir; e é sempre nas piores horas. E com isso acabamos não ouvindo nem a nós mesmos e dificultando o processo.

Recentemente, um psicólogo chamado Daniel Gilbert escreveu um livro com o título: O que nos faz felizes; e neste livro ele aborda justamente isto, ou seja, a nossa característica de 'esquecer' a dor sofrida, e/ou sofrer com algum tipo de frustração após ter recebido algo aquém do que se esperava.

Ter uma deficiência ou sofrer de um grande mal perpassa justamente por sabermos lidar com a coisa dentro de um limite de racionalidade. Lembro-me de quando estava ainda no centro de reabilitação por conta da minha lesão recente na medula, vendo pessoas entrarem também do mesmo modo nutrindo aquela esperança 'perigosa' de sair de lá andando, e sofrerem muito com a frustração ao caírem na realidade.

Quero aqui, sugerir uma maneira de lidar com isso da melhor forma. Foi como eu fiz! Ou melhor, não tive que fazer nada, pois todos têm essa faculdade de driblar a dor do sofrimento. E como um tipo de recurso instrumental para lidarmos com isso, temos a Imaginação, que está conosco para ser usada sem parcimônia - explico: não é viver na utopia, sem fazer contato com a realidade do que está acontecendo o que quero dizer, mas ter imaginação saudável para a vida. Pensar no que poderá fazer de uma nova maneira. Pensar em projetos palpáveis à essa nova vida. Viver a dor, mas não viver para ela. Ter otimismo mesmo com a consciência de que não é fácil. Como por exemplo, num estudo citado na revista Veja, que diz que pacientes de câncer são mais otimistas em relação ao futuro do que as pessoas saudáveis. Na verdade somos mais resistentes do que podemos imaginar. Temos a condição da superação entranhada na nossa essência. É um recurso disponível e só precisamos saber usar.

Ter criatividade pode ante as crises. Ter 'jogo de cintura', imaginação, positivismo e ser otimista, não é receita, pois cada um tem um tempo e realidades particulares; e receita, nesse caso, é algo que não existe.

O que importa é superar e para isso: "Dê seu jeito sujeito"!!!

27 / 06 / 06
Jefferson Maia


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