Decisões
Por Jefferson Maia
Até hoje me lembro claramente de uma decisão que tomei num momento comum de espera. Ao escolher um entre dois ônibus de caminhos totalmente diferentes e pontos de chegada distintos, optei pelo que me deixava um pouco mais distante de casa. Mas eu estava cansado e com
certa pressa. Isso tem aproximadamente vinte anos e foi nesse dia que lamentavelmente fui baleado na coluna por um assaltante. Mas não é para contar essa estória que começo o texto; é somente para abordar a questão do que decidimos nas nossas vidas e por ventura temos que segurar a peteca.
Foi minha a escolha, e o que aconteceu foi fato, e não poderia simplesmente ficar me lamentando por isso ou procurando culpados. Esta reação com certeza não me levaria a lugar nenhum. Terminaria perdendo a condição de retornar a minha vida e me adaptar a este velho/novo corpo.
Pois é, o tempo passa e por conta de coisas que nos acontecem vamos nos direcionando sem sentir, na verdade, temos é que decidir qual nova decisão tomar sem dimensionar com precisão o resultado. E, não podemos ficar elocubrando como seria se tivéssemos feito diferente. O tal do comumente dito ''SE'' tem mais é que ser posto de lado se quisermos passar por certas ''barreiras''.
Uso este enfoque aqui, como um convite à reflexão para pensarmos nas decisões do nosso dia-a-dia.
Não quero escrever por melancolia ou pieguice, mas para que saibamos lidar com fatos que às vezes nos são tão difíceis, aí entra o jargão popular: ''nada é impossível''. A realidade é que o
difícil pode se tornar possível, e mais leve dependendo de nossas novas decisões. Hoje, por exemplo, tomei uma escolha que ainda estou avaliando, mas que por enquanto está sendo boa. Mas nada impede de daqui a pouco, mediante nova auto-análise, eu me redirecione, custe o quanto
custar; mas o preço, serei eu que terei que pagar. Meu prejuízo (ou lucro) será só meu. Não adianta ficar procurando um ''bode-expiatório'' ou usar o famoso ''SE'' que não vai dar em nada.
Por isso, vejamos bem o que aconteceu e como sair daí é a melhor tática. Pode até demorar, mas é conosco e ninguém mais. Se pensarmos assim, aí sim teremos mais condições de até conseguirmos suporte alheio, família, amigos etc. Comigo foi assim e me sentirei eternamente grato aos que estiveram e os que ainda estão comigo, assim também, mesmo como os que não estiveram, por que, com certeza, também colaboraram, mesmo que de forma indireta para o meu aprendizado de vida, e com isso suporte para tomar novas decisões. Valeu!!!
Jefferson Maia
04 / 01 / 07