"O Papel da Fisioterapia no AVC"
Dr. Fernando Ferreira - Fisioterapeuta *Crefito 2/33044 F
Dra. Cláudia Martins - *Crefito 2/33535 F
(Foto cedida pelos autores da matéria
Fonte: Davies, Patricia M.; "Passos a Seguir")
O AVC - Acidente Vascular Cerebral - também chamado de Derrame, consiste na perda do suprimento de oxigênio em uma determinada parte do cérebro com consequente morte tecidual, resultado de obstrução ou ruptura das artérias cerebrais ou do tronco cerebral. Muitos são os fatores causadores do AVC mas os principais são a Hipertensão Arterial, o fumo, sedentarismo, Diabetes, genética, Stress, etc.
Ao contrário do que muitos pensam, a pressão baixa ou Hipotensão Arterial também é potencialmente perigosa pois causa o AVC isquêmico devido a reduzida velocidade do fluxo sanguíneo no vaso.
O AVC pode ser de dois tipos:
• o hemorrágico - que acontece quando um pequeno ou, algumas vezes, um grande vaso intra cerebral se rompe causando uma hemorragia, ou
• isquêmico - o que significa dizer que ele foi causado por uma trombose ou uma embolia.
A gravidade dos dois é distinta. Literaturas e a prática clínica confirmam que o AVC hemorrágico evolui de forma mais aguda, sendo mais mortal, porém os AVC’s isquêmicos evoluem de forma mais lenta e costumam deixar sequelas motoras mais extensas.
O Fisioterapeuta tem fundamental importância na recuperação deste paciente sendo o responsável pela sua reabilitação física. Quanto mais rápido for instituído o tratamento, melhores serão os resultados.
O AVC costuma deixar sequelas chamadas de hemiplegia ou hemiparesia, que consiste, respectivamente, na perda total ou parcial de movimentos no braço e perna do mesmo lado do corpo, sendo comum também atingir a face. Ainda em relação aos aspectos motores, podemos observar espasticidade, incoordenação motora e alterações no equilíbrio e marcha. Problemas secundários como ombro doloroso podem ocorrer. O Fisioterapeuta integra no tratamento do paciente com AVC a Cinesioterapia clássica; técnicas cientificas como os métodos Kabat e Bobath; treinamentos para a educação e reeducação neuromuscular e dos movimentos, inclusive para a introdução do uso de andadores, muletas e bengalas; hidrocinesioterapia e; o uso de recursos como a aplicação de calor, frio, massagens sedativas ou estimulantes e estimulação elétrica, objetivando ao final, a reintrodução do paciente no convívio social e profissional.