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Opinião

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Publicado em 18/08/05

Os Urubus já Sobrevoam o Lixo das Propagandas Eleitorais


O horário eleitoral, pra valer, nem começou e já nos causa verdadeiro asco ouvir o festival de demagogia e hipocrisia apresentado por políticos oportunistas, que fazem seus discursos baseados na edição de frases e manchetes publicadas em jornais. É a estrtégia do quanto pior, melhor.

Os rapineiros assumem a conduta ilegal de seus partidos no uso de dinheiro das campanhas, mas tentam se passar por verdadeiros salvadores de nossa pátria, aviltada por práticas espúrias.

"Sempre foi assim". "São práticas normais." Tivemos que ouvir frases acintosas como estas ditas pelos corruptos em seus depoimentos, tentando justificar o uso de caixa dois nas campanhas. É como se dissessem: se todos jogam lixo na rua, também jogamos.

Todos afirmam que as empresas não querem declarar suas doações de campanha, mas eles não explicam o porquê. É simples: as empresas sérias não querem seus nomes relacionados aos candidatos eleitos com suas doações para, depois, vê-los envolvidos em denúncias de corrupção, improbidades etc., etc... Por outro lado, as empresas de fachada não podem deixar rastros nítidos de envolvimento com políticos sujos e partidos sem ideologias voltadas para bem.

A continuar como vai, o que veremos nos horários obrigatórios para propaganda política serão baixarias, acusações fundadas (e infundadas), feitas por políticos desqualificados que querem confundir, ainda mais, seus eleitores mal informados. Quem não fez, não faz, e não tem projetos nem propostas para fazer, fala mal de todos, e pouco de si.

São os políticos preparados por marqueteiros sem princípios éticos e morais, do tipo dos que hoje estão afundados no mesmo lodo que criaram para eleger suas crias enlamaçadas, que iludem o povo. São as notórias caras e bocas ensaiadas, os gritos e gestos programados; os discursos falsos; os argumentos das marionetes treinadas por profissionais para enganar o povo, e conseguem.

O que chamam de "acordo político" ou "base aliada" e outras locuções políticas, acaba desmascarado como fisiologismo em causa própria, em detrimento e predador da sociedade.

Se não fossem os desmemoriados, que com dos seus votos voltam a elegê-los, e os que se vendem por camisetas, bonés e míseras cestas básicas, os corruptos não estariam há anos profanando a democracia.

Como é que os políticos envolvidos em escândalos, que renunciam para não perder o direito de serem reeleitos, e os que vivem da política sem nada produzir, têm a ousadia de querer que acreditemos em seus novos e melhores mandatos? A resposta é: porque sabem que serão reeleitos.

O urubus já sobrevoam o lixo das campanhas. São bancados por dinheiro vindo das cuecas; dos contratos super-faturados; dos nossos impostos (através do fundos partidários e de estatais comandadas por indicados pelos partidos vencedores ou aliados), e, quiçá, vindo do exterior, segundo Duda Mendonça.

Gabriel Martins


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