Prezados Senhores,
Sou portador de necessidades especiais, (cadeirante) e não resido no município de São Paulo tão pouco no Estado de São Paulo, porém na viagem de férias que realizei com minha família fui surpreendido com a exigência do cartão de estacionamento para deficiente, para utilizar-me das vagas de estacionamento assegurada por lei federal (lei 7853/89) no Mercado Municipal.

Fui abordado por uma fiscal da CET que na maior grosseria me disse que eu deveria retirar o carro da vaga imediatamente sob pena de ser autuado, argumentei que não morava em são Paulo e que não tinha o infeliz cartão de deficiente, e que se em cada município que visitasse tivesse que levar um cartão de deficiente teria que ter um reboque só para carregá-los, argumentei ainda que era deficiente cadeirante e condutor do veículo por isso necessitava de uma vaga para deficiente, uma vez que precisaria abrir a cadeira e passar para a mesma, e não tinha outra pessoa habilitada em minha companhia naquele momento que pudesse colocar o veículo em uma vaga normal, de nada adiantou meus argumentos a não ser desistir do meu passeio naquele local.

Acredito que a política de acolhimento ao turista nesta Cidade não seja somente de respeito às pessoas que não necessitam de cuidados especiais mais a todas as pessoas que visitam esta cidade, não sou contra a cobrança até porque é uma forma de que várias pessoas possam usufruir destas vagas, mas condeno que seja exigido do turista um cartão que ele não tem como obter e que seja respeitado o direito do cidadão com necessidades especiais conforme determina a Lei Federal e a Constituição que não pode ser desrespeitadas por um a Lei Municipal, portaria ou resolução.

Acredito que o cartão de deficiente possa ser obtido em qualquer Município e validado para todo Brasil, isso sim é inclusão o que se vê nesse caso é exclusão.

Atenciosamente
Gerson Gilson Gomes Rio de Janeiro - RJ
Rua Luiz Montezuma - Campo Grande

Enviado por: Gerson Gil Gomes
em 20 de setembro de 2008